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9 de maio de 2017

Empregos


Projeções apontam crescimento de até mais de 1% no Produto Interno Bruto no primeiro trimestre

Em dezembro, o comércio varejista na região de Marília eliminou 18 postos de trabalho, resultado de 1.527 admissões contra 1.545 desligamentos. No acumulado de 2016, foram extintos 1.377 empregos com carteira assinada, o que representa um recuo de 2,8% do estoque total na comparação com o mesmo mês do ano anterior, que encerrou o ano com 47.359 trabalhadores formais.
As informações são da Pesquisa de Emprego no Comércio Varejista do Estado de São Paulo (PESP), da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), elaborada com base nos dados do Ministério do Trabalho, por meio do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) e o impacto do seu resultado no estoque estabelecido de trabalhadores no Estado de São Paulo, obtido com base na Relação Anual de Informações Sociais (Rais).
Entre as nove atividades analisadas, apenas o segmento de autopeças e acessórios (0,2%) apresentou crescimento no estoque total de empregados em dezembro na comparação com mesmo mês de 2015. Já as maiores retrações foram observadas nas atividades de concessionárias de veículos (-7,2%), lojas de móveis e decoração (-6,8%) e lojas de vestuário, tecidos e calçados (-5,1%).
“Impactadas pela crise econômica, as empresas procuram estratégias para reduzir custos e se manterem no mercado e o resultado direto dessa ação é a redução no quadro de funcionários. A perspectiva é que esse quadro se agrave ainda mais nos próximos meses, prejudicando ainda mais a classe produtiva”, ressalta Pedro Pavão, presidente do Sincomercio Marília.
Segundo a FecomercioSP, para 2017, o cenário deve ser ainda muito difícil, pois o varejo não será capaz de recuperar as perdas de 2016, muito menos dos dois últimos anos. A redução de empregos formais do primeiro semestre deverá ser compensada pela geração nos últimos seis meses. Porém, este movimento só será possível se houver continuidade de queda da inflação, estancamento da evolução do endividamento e da inadimplência, além da continuidade de quedas nas taxas de juros. Tais expectativas são condicionantes diretas do poder de compra das famílias, do seu consumo e, por conseguinte, das receitas de vendas do próprio comércio varejista.

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